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10 anos de leitura: uma década viajando entre páginas e mundos

10 anos de leitura: uma década viajando entre páginas e mundos 10 anos! Como assim já fazem dez anos que eu sou leitora? Parece que foi ontem que abri meu primeiro livro (o que me encantou) e senti aquela sensação que só quem ama ler entende ao estar prestes a atravessar uma portal para outro universo. Dez anos de palavras que me curaram, me transformaram e me ensinaram a ver o mundo com outros olhos. Foram histórias que se tornaram abrigo, personagens que viraram amigos e finais que deixaram marcas que o tempo não apaga. A leitura me mostrou que viver é muito mais do que o que cabe na realidade, é também o que mora nas páginas que ousamos abrir. É se perder em reinos mágicos, chorar por amores impossíveis, rir de diálogos que parecem escritos só pra você. É encontrar nas palavras o que muitas vezes o silêncio não consegue dizer.  A leitura conecta leitores. Você se conecta com pessoas que nunca viu, mas só pelo fato de termos lido o mesmo livro, é possível conversar como se se con...

Resenha: Cidades de Papel - John Green

 

Resenha: Cidades de Papel - John Green

Cidades de Papel - John Green
Livro único

Avaliação: ★★☆☆☆ (2/5)
Classificação: Infanto-juvenil + 12
Gênero: Romance, Ficção, Literatura Estrangeira
Ano: 2013 / Páginas: 368
Editora: Intrínseca

 Nem tudo que brilha é Margo. Às vezes, é só papel mesmo.

“O que é uma cidade de papel?”

Essa é uma das muitas perguntas que Cidades de Papel levanta — e talvez uma das poucas que realmente vale a pena ser respondida ao final da leitura.

Narrado em primeira pessoa, o livro acompanha Quentin Jacobsen (ou Q), um adolescente no último ano do ensino médio, quieto, observador e... completamente apaixonado por sua vizinha enigmática: Margo Roth Spiegelman. Para ele, Margo é tudo: um mistério a ser desvendado, uma lenda urbana viva, uma garota inalcançável.

Tudo muda quando, numa madrugada qualquer, Margo invade o quarto de Q com o rosto pintado e um plano em mãos. Juntos, embarcam numa espécie de “missão de vingança”, onde ela acerta contas com pessoas que a decepcionaram. A noite é intensa, divertida e cheia de adrenalina.

Mas no dia seguinte... Margo desaparece.

Mistério ou obsessão?

O sumiço de Margo não choca ninguém — ela já havia feito isso antes. Mas dessa vez, Q acredita que ela deixou pistas escondidas especialmente para ele. A partir daí, ele embarca numa investigação pessoal, tentando entender onde ela foi parar — e, principalmente, quem ela é de verdade.

O problema? Nem tudo são enigmas fascinantes.

O enredo que começa como uma possível grande revelação acaba se tornando arrastado. A narrativa se alonga demais, e muitas cenas parecem desconectadas ou repetitivas, o que quebra o ritmo da história.

O que há por trás de Margo?

Margo é carismática, ousada, mas também extremamente idealizada — tanto por Q quanto pela narrativa. Talvez, se o livro fosse narrado por ela, teríamos um olhar mais cru e autêntico sobre sua personalidade complexa. Como leitores, ficamos restritos à visão apaixonada (e muitas vezes iludida) de Q, o que limita nossa compreensão da protagonista.

✅ Pontos positivos:

A escrita fluida e inteligente de John Green, com toques de humor e filosofia adolescente;

As reflexões sobre identidade, imagem pública e o modo como idealizamos as pessoas;

Um início promissor e personagens secundários carismáticos (Radar e Ben são ótimos alívios cômicos).

❌ Pontos negativos:

O desenvolvimento do mistério se arrasta e perde força com o tempo;

Margo é pouco explorada, apesar de ser o centro da trama;

A conclusão pode decepcionar quem esperava um grande clímax ou revelação emocional.

Cidades de Papel fala sobre ver as pessoas como elas realmente são, não como idealizamos. Fala sobre amadurecer, frustrar expectativas e aprender que nem todo enigma precisa ser resolvido e nem toda fuga precisa de um mapa.

Apesar de uma narrativa que começa muito bem, o livro perde ritmo e força no segundo ato. Ainda assim, pode ser uma leitura válida para quem aprecia o estilo único de John Green e está disposto a mergulhar em uma história mais reflexiva do que realmente surpreendente.

E você? Já leu Cidades de Papel? Conseguiu se conectar com Margo ou achou tudo superficial demais? Quero saber o que você achou!

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