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10 anos de leitura: uma década viajando entre páginas e mundos

10 anos de leitura: uma década viajando entre páginas e mundos 10 anos! Como assim já fazem dez anos que eu sou leitora? Parece que foi ontem que abri meu primeiro livro (o que me encantou) e senti aquela sensação que só quem ama ler entende ao estar prestes a atravessar uma portal para outro universo. Dez anos de palavras que me curaram, me transformaram e me ensinaram a ver o mundo com outros olhos. Foram histórias que se tornaram abrigo, personagens que viraram amigos e finais que deixaram marcas que o tempo não apaga. A leitura me mostrou que viver é muito mais do que o que cabe na realidade, é também o que mora nas páginas que ousamos abrir. É se perder em reinos mágicos, chorar por amores impossíveis, rir de diálogos que parecem escritos só pra você. É encontrar nas palavras o que muitas vezes o silêncio não consegue dizer.  A leitura conecta leitores. Você se conecta com pessoas que nunca viu, mas só pelo fato de termos lido o mesmo livro, é possível conversar como se se con...

Resenha: Incendeia-me - Tahereh Mafi

 

Resenha: Incendeia-me - Tahereh Mafi

Livro: Incendeia-me - Tahereh Mafi
Incendeia-me - Tahereh Mafi
Estilhaça-me 3

Avaliação: 4/5
Classificação: Infanto-juvenil + 12
Gênero: Romance, Ficção, Literatura Estrangeira
Ano: 2014 / Páginas: 384 / Editora: Universo dos Livros

A revolução é inevitável… e Juliette está pronta para queimar tudo.

Depois do final explosivo de Liberta-me, abrimos Incendeia-me com uma pergunta urgente: o que restou da rebelião? A protagonista que conhecemos como frágil e introspectiva agora emerge com sede de respostas e pronta para agir. E nós, leitores, embarcamos com ela nesse novo estágio da trama: mais tenso, mais maduro e mais emocional.

A busca por sobreviventes — Adam, Kenji, Castle e os demais — é o motor inicial da narrativa. Mas ao contrário dos volumes anteriores, agora temos uma Juliette determinada, destemida e afiada. E sim, a parceria inesperada com Warner (Aaron) ganha ainda mais destaque.

A dinâmica entre os dois se transforma completamente. O homem que antes era o “vilão cruel” mostra nuances que o tornam um dos personagens mais fascinantes da trilogia. Sua relação com Juliette é construída com profundidade, cumplicidade e uma química intensa que finalmente parece fazer sentido.

Se antes havia dúvida sobre para qual “lado” o coração da Juliette pendia, Incendeia-me deixa isso claro — e não sem motivo. Adam sofre uma queda brusca em termos de desenvolvimento. Ele se mostra controlador, reativo e incompatível com a nova mulher que Juliette está se tornando. Para muitos leitores (inclusive você, e talvez eu também), é difícil continuar torcendo por ele.

E tudo bem. Nem todo personagem é feito para evoluir junto com a protagonista. Às vezes, eles existem justamente para mostrar o que precisamos deixar para trás.

Não dá pra falar desse livro sem mencionar Kenji. Sarcasmo afiado, lealdade genuína, coração gigante. Ele é o equilíbrio entre o drama e o alívio cômico, e sua amizade com Juliette cresce e amadurece lindamente. Kenji prova que personagens coadjuvantes podem carregar alma de protagonista SIM.

A revolução

Finalmente vemos a ação que vinha sendo prometida desde o primeiro volume. A luta contra o Restabelecimento é inevitável, mas a batalha final, embora intensa, parece curta demais.

Talvez a autora tenha focado mais no arco de Juliette e no fechamento emocional do triângulo amoroso do que no conflito político em si. O que foi decepcionante. Mas ainda assim, o encerramento funciona — nos dá uma sensação de fechamento e um gostinho de recomeço.

Juliette se tornou o que sempre teve medo de ser — e isso é lindo. Incendeia-me é sobre amadurecimento, escolhas difíceis e libertação. Juliette deixa de tentar ser o que os outros esperam e finalmente assume o controle da própria história.

Ela não é mais uma garota assustada. É uma líder. Uma mulher. Uma força da natureza.

Você também ficou #TeamWarner depois desse livro? Ou ainda guarda um espacinho no coração pro Adam? Me conta!


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