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Resenha: Incendeia-me - Tahereh Mafi
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Incendeia-me
- Tahereh Mafi
Estilhaça-me 3
Avaliação:
4/5
Classificação:
Infanto-juvenil + 12
Gênero:
Romance, Ficção, Literatura Estrangeira
Ano: 2014 /
Páginas: 384 / Editora:
Universo dos Livros
Depois
do final explosivo de Liberta-me, abrimos Incendeia-me com uma pergunta
urgente: o que restou da rebelião? A protagonista que conhecemos como frágil e
introspectiva agora emerge com sede de respostas e pronta para agir. E nós,
leitores, embarcamos com ela nesse novo estágio da trama: mais tenso, mais
maduro e mais emocional.
A busca por
sobreviventes — Adam, Kenji, Castle e os demais — é o motor inicial da
narrativa. Mas ao contrário dos volumes anteriores, agora temos uma Juliette
determinada, destemida e afiada. E sim, a parceria inesperada com Warner
(Aaron) ganha ainda mais destaque.
A dinâmica
entre os dois se transforma completamente. O homem que antes era o “vilão
cruel” mostra nuances que o tornam um dos personagens mais fascinantes da
trilogia. Sua relação com Juliette é construída com profundidade, cumplicidade
e uma química intensa que finalmente parece fazer sentido.
Se antes havia
dúvida sobre para qual “lado” o coração da Juliette pendia, Incendeia-me deixa
isso claro — e não sem motivo. Adam sofre uma queda brusca em termos de
desenvolvimento. Ele se mostra controlador, reativo e incompatível com a nova
mulher que Juliette está se tornando. Para muitos leitores (inclusive você, e
talvez eu também), é difícil continuar torcendo por ele.
E tudo bem.
Nem todo personagem é feito para evoluir junto com a protagonista. Às vezes,
eles existem justamente para mostrar o que precisamos deixar para trás.
Não dá pra
falar desse livro sem mencionar Kenji. Sarcasmo afiado, lealdade genuína,
coração gigante. Ele é o equilíbrio entre o drama e o alívio cômico, e sua
amizade com Juliette cresce e amadurece lindamente. Kenji prova que personagens
coadjuvantes podem carregar alma de protagonista SIM.
A revolução
Finalmente
vemos a ação que vinha sendo prometida desde o primeiro volume. A luta contra o
Restabelecimento é inevitável, mas a batalha final, embora intensa, parece
curta demais.
Talvez a
autora tenha focado mais no arco de Juliette e no fechamento emocional do
triângulo amoroso do que no conflito político em si. O que foi decepcionante.
Mas ainda assim, o encerramento funciona — nos dá uma sensação de fechamento e
um gostinho de recomeço.
Juliette se
tornou o que sempre teve medo de ser — e isso é lindo. Incendeia-me é sobre
amadurecimento, escolhas difíceis e libertação. Juliette deixa de tentar ser o
que os outros esperam e finalmente assume o controle da própria história.
Ela não é mais
uma garota assustada. É uma líder. Uma mulher. Uma força da natureza.
Você também ficou #TeamWarner depois desse livro? Ou ainda guarda um espacinho no coração pro Adam? Me conta!
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