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Resenha: Liberta-me - Tahereh Mafi
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Liberta-me
- Tahereh Mafi
Estilhaça-me
2
Avaliação:
4/5
Classificação:
Infanto-juvenil + 12
Gênero:
Romance, Ficção, Literatura Estrangeira
Ano: 2014 /
Páginas: 448 / Editora:
Novo Conceito
No
segundo volume da saga Estilhaça-me, a libertação prometida no título vai muito
além de sair das grades. Liberta-me mergulha na prisão mais difícil de escapar:
a mente de Juliette Ferrars.
Sim, ela agora
está fisicamente livre, cercada por pessoas com poderes semelhantes, vivendo no
que parece ser uma resistência ao Restabelecimento. Mas a verdadeira batalha
está dentro dela: entre o medo e a coragem, o trauma e a esperança, o amor e o
instinto de sobrevivência.
Juliette
sempre se viu como um monstro. E como culpar alguém que foi tratada assim
por toda a vida? Ao longo da narrativa, percebemos que a verdadeira
transformação começa quando ela entende que seu dom não é uma maldição, mas uma
ferramenta — talvez até uma arma, mas uma que pode ser controlada.
Essa jornada
interna é o grande destaque do livro. A autora Tahereh Mafi trabalha com
maestria as camadas psicológicas da personagem, sem pressa, mas com
profundidade.
O triângulo amoroso que divide corações (inclusive o nosso)
Se você
esperava um romance tranquilo com Adam… bem, lamento informar: aqui o amor é
tudo, menos fácil. Enquanto Juliette tenta se fortalecer e compreender seus
próprios limites, Adam parece preso a uma versão frágil dela, aquela que ele
sente que precisa proteger — mesmo que isso signifique silenciar a sua
evolução. Eu só me lembro daquela música de Olivia Rodrigo, All I Want...
E aí entra
Warner.
Sim. Ele
mesmo.
Quem diria que
o “vilão” do primeiro volume agora estaria despertando algo mais em Juliette — e
em nós também. Há tensão, há dúvidas, há química. E esse conflito interno
deixa tudo mais intenso e instigante.
Se há mais
alguém que rouba a cena nesse volume, esse alguém é Kenji. Inteligente,
engraçado e surpreendentemente sensato, ele é o equilíbrio perfeito entre humor
e realidade. Sua amizade com Juliette traz leveza e apoio real — sem
romantizações. Kenji: o raio de luz sarcástico que precisávamos.
Kenji é aquele
personagem que a gente queria que existisse na vida real. E sim, ele também tem
poderes. Mas seu maior dom é ser absolutamente indispensável para a narrativa.
Mas e os conflitos maiores?
O
Restabelecimento segue sendo uma ameaça crescente, e o cerco aperta. Ainda que
o foco do livro seja a evolução emocional da protagonista, as tensões políticas
e sociais continuam presentes, preparando o terreno para os próximos
confrontos.
Liberta-me é um livro sobre reconstrução. Sobre aprender a
se olhar no espelho e ver potência, não destruição. Sobre amar com liberdade,
não com medo. E sobre entender que a maior revolução começa dentro da gente.
Você também sentiu raiva do Adam nesse livro ou ainda está
no #TeamAdam? Me conta nos comentários! 👀
(E vamos todos agradecer por Kenji existir, sim ou com certeza?)
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