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7 Poemas Mencionados em Anne de Green Gables
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7 Poemas Mencionados em Anne de Green Gables
Se você chegou aqui é porque provavelmente teve a mesma curiosidade que eu tive em conhecer os poemas mencionados no livro Anne de Green Gables de Lucy Maud Montgomery. Vem comigo que eu separei alguns para você!
Índice
- Um ensaio Sobre a Crítica - Alexander Pope;
- Aurora Leigh (quarto livro) - Elizabeth Barrett Browning;
- O Voto da Donzela - Carolina Oliphant;
- A Mulher no Campo de Batalha - Felicia Dorothea Browne Hemans;
- Preso na Neve: Um idílio de inverno - John Greenleaf Whittier;
- O Palácio de Arte - Lorde Alfred Tennyson;
- A Pippa passa - Robert Browning.
Um ensaio Sobre a Crítica
de Alexander Pope
Não sei dizer qual mostra menos arte,
Se quem escreve mal, se quem mal julga;
Entre ambos, menos risco há, menos dana
O que me cansa que esse que me engana:
Dos primeiros há poucos, muitos destes;
Por um que escreve mal, dez mal censuram:
Um néscio a si somente expõe, rimando;
Mas este em verso, vale dez em prosa.
Gomo os relógios são nossos juízos;
Nenhum vai certo, e todos creem no próprio.
No vate engenho genuíno é raro;
É mais raro entre os Críticos o gosto:
Uns e outros do Céu precisam luzes;
Críticos nascem, bem como os Poetas.
Os excelentes só, outros ensinem;
E só quem bem compõe, livre censure.
Autores parciais do próprio gênio
Pode haver, é verdade; mas é menos
Parcial do que opina, quem critica?
Se de perto observarmos, acharemos
Que da Crítica o germe na alma existe:
Certo clarão despende a natureza;
Linhas ligeiras traça, mas direitas;
Esboço tênue, porém bem traçado,
Que se esperdiça mal iluminado.
Falso saber bom senso desfigura:
No labirinto das escolas quantos
Desvairando se perdem! quantos outros,
Que a natureza fez tolos somente,
Presumindo de si, mais asnos ficam!
Em busca de juízo a razão perdem,
E por desculpa, em Críticos se tornam:
Igual fogo os agita, os incendeia,
Ou possam, ou não possam, sempre escrevem,
Com a raiva de um rival, ou com o ciúme
De um custódio das belas do serralho.
Têm comichão d'escarnecer os tolos,
De estar da parte de quem ri, ou ladra.
Se Mévio escreve contra o jus de Apollo,
Há quem julgue pior do que ele escreve.
Alguns, antes de serem vates, foram
Por homens de juízo reputados;
Deram-se à Crítica, e asnos ser provaram.
Como as mulas, nem asnos nem cavalos,
Outros nem são sensatos, nem censores.
Esses pedantes, semissábios, praga
Que em cardumes abafa nossas ilhas,
Quais nas margens do Nilo esses insetos
Que encontramos informes, incompletos,
De equivoca estrutura; ninguém sabe
Que nome dar a tantas meias coisas:
Nomeá-las, requer umas cem línguas;
Mas a de um tolo há de estafar cem homens.
Ó vós, que buscais dar, merecer fama,
Alcançar de Censor o nobre nome,
Avistai os limites até onde
O gênio, o gosto, o saber vosso chega:
Não vos lanceis além, sede prudentes;
Fixai bem esse ponto em que se encontram
Senso e tolice, transgredindo a meta.
As coisas têm limites próprios, todas,
Com os quais sabiamente a Natureza
Quebra a esperteza vã do presumido.
Bem como em terras onde o mar, ganhando,
Deixa areais estéreis, noutras charcos;
Na alma onde a memória predomina,
O poder do intelecto desfalece;
Se a fantasia cálida vagueia,
Da memória as espécies brandas fogem.
Uma ciência pede um gênio inteiro:
Tão vasta é arte, e curta a mente humana;
Limitada não só a certas artes,
Mas nessas mesmas só capaz de partes.
Perdemos como os Reis, essas conquistas
Que fizeram vaidosos, só guiados
Pela estulta ambição de fazer muitas:
Manda bem cada qual sua província,
Se se acomoda àquilo só que entende.
Pelos marcos que pôs a Natureza
Formai vosso juízo, segui esta:
É sempre a mesma, certa, invariável;
Com luz universal em tudo brilha;
Vida, força e beleza nos reparte,
Que são origem, fim e prova da Arte.
Esta, só deste fundo se alimenta;
Preside às obras simples e singela:
Assim num corpo belo uma alma sabia
Nutre de espírito e vigor o todo,
Sustenta o nervo, guia os movimentos;
Não se vê, nos efeitos se percebe.
Alguns, a quem o Céu deu muito engenho,
Tanto mais devem consultá-lo atentos;
O juízo e a razão ás vezes brigam,
Intentando ajudar-se; assim disputam
Um marido e mulher, se ambos governam.
Não quer esporas o cavalo alado,
A rédea basta; e quando a Musa corre,
Contenha a fúria, mas provoque a pressa:
Pégaso, qual ginete generoso,
Mais brio mostra, se o reprime o freio.
Não legou, descobriu a Antiguidade
Essas regras que estão na Natureza;
São Natureza, o método a restringe;
Bem como se restringe a Liberdade
Com as mesmas leis que a Liberdade cria.
Observai como a sábia Grécia indica
As suas úteis regras; como e quando
Reprimir, animar se deve o voo:
Do tope do Parnaso aos filhos mostra
As difíceis veredas que trilharam;
Com os prêmios imortais do alto acena,
Força a subir esses degraus quem teme:
Tira preceitos só de exemplos grandes,
E deles colhe o que eles do Céu colhem.
O generoso Crítico ao Poeta
Somente abana o fogo; ao mundo ensina
A louvar com razão o que é louvável.
Serve a Crítica à Musa de criada,
Que a veste e adorna e faz parecer mais bela:
Mas se desta intenção alguém se aparta,
Se corteja a criada, e deixa a dama;
Se as armas viram só contra os Poetas,
Aborrecendo assim quem os ensina,
São como os Boticários, que estudando
A ciência que têm pelas receitas,
O papel de doutores representam;
Atrevidos na prática dos erros,
Receitam, matam, e dizem mal dos mestres
Alguns tasquinham, roem folhas antigas,
Nem o tempo, nem traça destrói tanto:
Privados de invenção, na insulsa forma
De planos pecos, outros nos fabricam
Receitas tolas de compor poemas;
De fofa erudição fazendo alarde,
Põem de parte o sentido quando explicam,
Ou de tal modo explicam, que este foge.
Vós cujo entendimento bem navega,
Julgai bem dos antigos o caráter;
Em cada folha discerni com gosto
A fábula, o assunto, o fim proposto;
Religião, paz, gênio da idade:
Sem ter nisto, a um tempo, os olhos fitos,
Invectivar podeis, criticar nunca.
Vosso estudo e deleite as obras sejam
Do vate Homero, do Parnaso gloria;
Lede-o de dia, á noite meditai-o;
Por ele modelai vosso juízo,
Tirai máximas dele que vos levem
Até á origem da Castália fonte.
Lede, relede o texto; comparai-o
Consigo mesmo; e logo depois seja
A Mantuana Musa seu comento.
Quando na mente imensa o moço Maro
Primeiro desenhou obra tão rara,
Que havia durar mais que a imortal Roma,
Parecia talvez que desprezando
Da Crítica os preceitos, só queria
As fontes esgotar da Natureza:
Mas depois, quando viu parte por parte
O que tinha composto, e a gentileza,
Viu que era o mesmo Homero e Natureza.
Convencido, o desígnio audaz reprime;
Estritamente ás regras se conforma,
E a trabalhosa empresa continua
Bem como se presente o Estagirita
Atento presidisse a cada linha.
A justa estima das antigas regras
Daqui se aprenda; Natureza imita
Só quem as segue, quem imita Homero.
Belezas há que as regras não declaram,
Que nascem de ventura e de cuidado.
Musica e Poesia se assemelham;
Graças sem nome e sem lições têm ambas,
Que só atinge mão de mestre, ás vezes.
Se onde as regras não chegam quanto basta,
(Pois são método só de encher assumptos)
Uma feliz licença corresponde
Ao intento, então é regra a licença.
Pégaso assim, para encurtar caminho,
Foge atrevido da trilhada senda,
Do limite vulgar audaz se afasta,
E ganha graça além do alcance da arte;
A qual, sem respeitar censuras, vence
Os corações, e chega ao fim de um salto.
Fora da ordem natural das coisas
Algumas há de que o prospecto agrada;
Informes rochas, precipícios, grutas.
Grandes gênios tombem erram com glória,
Fazem erros que a Crítica respeita.
Mas se os antigos às leis próprias faltam,
(Como Reis que revogam leis que fazem)
Vós, modernos, sentido! Se é preciso
Pecar contra o preceito, seu fim sempre
Vos esteja presente, em transgredindo:
Sejam raras as vezes, e forçadas,
Justificadas por exemplos grandes.
De outra sorte, sem freio, e sem remorso,
Da vossa fama a Crítica se apossa,
Prossegue, e suas leis com força alega.
Bem sei que alguns, com presumida ideia,
Esses rasgos sublimes erros chamam;
Que as figuras ao perto, ou destacadas,
Monstros e informes coisas lhes parecem,
Às quais, no seu lugar e luz expostas,
A devida distancia concilia,
Com a forma bela, graças e harmonia.
Nem sempre desenvolve um Chefe sábio
Igualmente nos renques poder e arreio;
Com seu tempo e lugar os proporciona;
Encobre a sua força; e mesmo às vezes,
Por mais dissimular, finge uma fuga.
Estratagemas há que erros parecem;
Não cabeceia Homero; nós sonhamos.
De louros verdes inda ornados vemos
Os antigos altares; não lhes chega
Nem sacrílega mão, nem voraz fogo;
Da cólera feroz da Inveja isentos,
Da Guerra e Tempo gastador seguros.
Vede os Sábios, que vem trazendo incensos
De cada clima: os Pæans aprovadores
Atentos escutai nas línguas varias!
Resoe em cada voz tão justo a p pia uso,
E do gênero humano o coro se encha.
Salve, ó Bardos sublimes, triunfantes,
Que nascestes em dias mais ditosos!
Herdeiros imortais do geral prêmio!
Cujas honras com o tempo vão crescendo,
Como engrossam torrentes que se aumentam
Á medida que as terras vão lavando:
Vossos nomes potentes, hão de ouvi-los
Nações que hão de nascer; hão de aplaudi-los
Mundos que inda não foram descobertos.
Desse fogo celeste uma faísca
Venha inflamar a débil, triste Alcipe,
Que adejando de longe quer seguir-vos;
Que arde quando vos lê, treme se escreve
Para ensinar aos gênios presumidos
A ciência, que pouco se conhece,
De apreciar talentos superiores,
Aurora Leigh (quarto livro)
de Elizabeth Barrett Browning
Pobre Marian! – Marian libertina! – era assim,
Ou então? Por dias, suas tocantes e tolas linhas
Nós meditamos com fantasia conjectural,
Como se algum enigma de uma nuvem de verão
Em que alguém tenta ao contrário de similitudes
De agora uma pele de Hidra manchada descartada,
E agora uma tela de marfim esculpido
Que cala os segredos conventuais do céu
De mortais muito ousados. Buscamos o sentido:
Ela o amava tanto, talvez (essas palavras significam amor)
Isso, trabalhado por alguma língua pérfida astuta,
(E então pensei em Lady Waldemar)
Ela o deixou, não para machucá-lo; ou talvez
Ela amava um em sua classe, ou não amava,
Mas refletiu sobre sua vida selvagem de vagabunda,
Até que o sangue livre vibrou em seu coração,
E pão preto comido na beira da estrada
Parecia mais doce do que ser colocado na escola de Romney
De auto-sacrifício filantrópico,
Irrevogavelmente. – Meninas são meninas, ao lado,
Pensei, e gosto de um casamento por uma regra.
Você raramente pega esses pássaros, exceto com palha:
Eles sentem isso quase uma coisa imoral
Para sair e se casar em pleno dia,
A menos que alguma bajulação especial vencedora deva
Desculpe-os a si mesmos por não… 'Ninguém parte
Seu cabelo com uma linha prateada como você,
Um raio de luar da testa até a coroa!
Se não . . 'Você morde o lábio de tal maneira,
Me estraga o sorriso do resto'-
E assim por diante. Em seguida, um gaud inútil ou dois,
Para guardar por amor – uma fita para o pescoço,
Ou algum alfinete de vidro, eles têm seu peso com as garotas.
O Voto da Donzela
De Carolina Oliphant
A Mulher no Campo de Batalha
de Felicia Dorothea Browne Hemans
Onde não ficou uma mulher,
Forte no poder da afeição? uma cana, ascendente
Por uma corrente dominante!
Suave e bela forma,
O que fizeste aqui,
Quando a feroz tempestade de batalha
Furar a lança?
Bandeira e crista arrepiada
Ao seu lado stronado,
Diga, que entre os melhores,
Teu trabalho foi feito!
No entanto, estranhamente, tristemente justo,
Sobre a cena selvagem,
Brilha, através de seus cabelos dourados,
Essa sobrancelha serena.
Como deu aqueles mortos arrogantes
Um lugar para ti?
Dorminhoco! teu caixão
Amigos deveriam ter coroado,
Muitas flores e lágrimas
Derramando ao redor.
Misturando suas ondas,
Deveria o teu pó ter cantado
O último adeus da Terra.
Irmãs, acima do túmulo
Do teu repouso,
Deveria ter ofertado onda de violetas
Com a rosa branca.
Como deve a nota da trombeta,
Selvagem e estridente,
Para requiem sobre ti flutuar,
Tu justo e quieto!
E a varredura rápida do carregador
Em plena carreira,
Pisando teu lugar de sono –
Por que você veio aqui?
Por quê? - pergunte ao verdadeiro coração por que
A mulher foi
Sempre, onde homens corajosos morrem
Desencolhimento visto?
Para este campo de colheita
Ceifeiros orgulhosos vieram, –
Alguns, por aquele som agitado,
O nome de um guerreiro;
Alguns, para o jogo tempestuoso
E alegria da luta;
E alguns, para jogar fora
Uma vida cansada;-
Mas tu, pálido dorminhoco, tu,
Com a leve moldura,
E as ricas mechas, cujo brilho
A morte não pode domar;
Apenas um pensamento, um poder,
Você poderia ter liderado,
Assim, na hora da tempestade,
Para levantar a cabeça!
Só o verdadeiro, o forte,
O amor, cuja confiança
A alma profunda da mulher por muito tempo
Derrama sobre a poeira!
Preso na Neve: Um idílio de inverno
por John Greenleaf Whittier
“Anunciado por todas as trombetas do céu,
Chega a neve e, passando pelos campos,
Parece em nenhum lugar para pousar: o ar esbranquiçado
Esconde montes e bosques, o rio e o céu,
E vela a casa da fazenda no final do jardim.
O trenó e o viajante pararam, os pés do mensageiro
Atrasado, todos os amigos excluídos, os companheiros de casa sentam-se
Ao redor da lareira radiante, fechada
Em uma privacidade tumultuada de Storm.”
EMERSON, A Tempestade de Neve.
O sol naquele breve dia de dezembro
Rosa triste sobre colinas de cinza,
E, em círculos escuros, deu ao meio-dia
Uma luz mais triste que a lua minguante.
Lento traçando o céu espesso
Sua profecia muda e sinistra,
Um presságio parecendo menos que uma ameaça,
Afundou de vista antes de se pôr.
Um frio sem casaco, por mais robusto que seja,
De coisas caseiras poderiam ser excluídas,
Uma amargura dura e maçante de frio,
Isso verificou, no meio da veia, a corrida circular
De sangue vital no rosto afiado,
A chegada da tempestade de neve contou.
O vento soprava para o leste; ouvimos o rugido
Do Oceano em sua costa invernal,
E senti o pulso forte latejando ali
Bata com baixo ritmo nosso ar interior.
Trazido a madeira de fora de portas,
Desarrumou as barracas, e das ceifas
Rasgou o capim do rebanho para as vacas;
Ouviu o cavalo relinchando por seu milho;
E, chocando-se fortemente chifre contra chifre,
Impaciente pelas fileiras de balaústres
O gado sacode seus arcos de nogueira;
Enquanto, espiando de sua posição inicial
Sobre a vara de bétula do cadafalso,
O galo seu capacete com crista dobrado
E abaixo seu desafio queixoso enviado.
Não aquecido por qualquer luz do sol
O dia cinzento escureceu em noite,
Uma noite envelhecida com o enxame
E o turbilhão da tempestade ofuscante,
Como ziguezague, oscilando para lá e para cá,
Atravessou e recruzou a neve alada:
E antes da hora de dormir cedo chegou
A brisa branca empilhava o caixilho da janela,
E através do vidro os postes do varal
Pareciam fantasmas altos e cobertos.
Então durante toda a noite a tempestade rugiu:
A manhã rompeu sem sol;
Na pequena esférula traçada com linhas
Dos signos geométricos da Natureza,
Em floco estrelado e película,
Durante todo o dia o velho meteoro caiu;
E, quando a segunda manhã brilhou,
Nós olhamos para um mundo desconhecido,
Em nada que pudéssemos chamar de nosso.
Em torno da maravilha brilhante dobrada
As paredes azuis do firmamento,
Nenhuma nuvem acima, nenhuma terra abaixo,—
Um universo de céu e neve!
As velhas visões familiares de nossa
Tomou formas maravilhosas; estranhas cúpulas e torres
Ergueu-se onde estava o chiqueiro ou o berço de milho,
Ou muro de jardim, ou cinto de madeira;
Um monte branco e liso a pilha de arbustos mostrava,
Uma deriva sem cerca que antes era estrada;
O poste de freio um velho sentou
Com casaco solto e chapéu alto;
O meio-fio do poço tinha um telhado chinês;
E mesmo a longa varredura, distante,
Em seu esplendor inclinado, parecia dizer
Do milagre inclinado de Pisa.
[...]
Como alguém que se manteve uma parte
De tudo que ela viu, e deixou seu coração
Contra o peito da casa magra,
Sobre o tapete trançado heterogêneo
Nosso mais novo e nosso querido sentou-se,
Levantando seus olhos grandes, doces e indagadores,
Agora banhado no verde imperecível
E santa paz do Paraíso.
Oh, olhando de alguma colina celestial,
Ou da sombra das palmeiras santas,
Ou alcance prateado da calmaria do rio,
Esses olhos grandes ainda me vêem?
Comigo há um ano atrás:—
O peso frio da neve do inverno
Por meses sobre seu túmulo jaz;
E agora, quando sopram os ventos do sul do verão
E a sarça e o harebell florescem novamente,
Trilho os caminhos agradáveis que trilhamos,
Eu vejo a grama salpicada de violeta
Onde ela se inclinou, muito frágil e fraca
As flores da encosta que ela adorava buscar,
Ainda me seguindo onde quer que eu fosse
Com olhos escuros cheios de conteúdo de amor.
Os pássaros estão contentes; a rosa de sarça enche
O ar com doçura; todas as colinas
Estende-se verde para o céu sem nuvens de junho;
Mas ainda espero com ouvidos e olhos
Por algo que se foi que deveria estar próximo,
Uma perda em todas as coisas familiares,
Na flor que desabrocha e no pássaro que canta.
E ainda, querido coração! lembrando de ti,
Não sou mais rico do que antigamente?
Seguro em tua imortalidade,
Que mudança pode alcançar a riqueza que possuo?
Que chance pode estragar a pérola e o ouro
Teu amor deixou em confiança comigo?
E enquanto no final da tarde da vida,
Onde frescas e longas as sombras crescem,
Eu ando para conhecer a noite que em breve
Deve forma e sombra transbordar,
Eu não posso sentir que você está longe,
Visto que estão próximos da necessidade os anjos estão;
E quando os portões do pôr do sol destrancam,
Não te verei esperando parado,
E, branco contra a estrela da tarde,
As boas-vindas da tua mão acenando?
O Palácio de Arte
por Lorde Alfred Tennyson
Construí para minha alma uma casa de prazer nobre,Onde à vontade para habitar.
Eu disse: "Ó Alma, alegre-se e farreie,
Querida alma, pois tudo está bem."
Uma enorme plataforma rochosa, lisa como latão polido
Eu escolhi. As muralhas variou brilhantes
De bases planas de prados de grama profunda
De repente escalou a luz.
Então eu a construí firme. De saliência ou prateleira
A rocha subiu clara, ou escada em caracol.
Minha alma viveria sozinha para si mesma
Em seu alto palácio lá.
E "enquanto o mundo gira e gira", eu disse,
"Reina à parte, rei quieto,
Ainda como, enquanto Saturno gira, sua sombra firme
Dorme em seu anel luminoso."
Ao que minha alma respondeu prontamente:
"Confie em mim, em êxtase eu permanecerei
Nesta grande mansão, que é construída para mim,
Tão rico e amplo."
* * *
Quatro quadras que fiz, leste, oeste e sul e norte,
Em cada um um gramado quadrado, de onde
O desfiladeiro dourado dos dragões jorrou
Uma enxurrada de espuma de fonte.
E em volta das quadras verdes e frescas correu uma fila
De claustros, ramos como bosques poderosos,
Ecoando a noite toda nesse fluxo sonoro
De fontes-inundações jorradas.
E ao redor dos telhados uma galeria dourada
Que emprestou ampla margem para terras distantes,
Até onde as asas do cisne selvagem, para onde o céu
Mergulhe no mar e nas areias.
Desses quatro jatos quatro correntes em um swell
Do outro lado do córrego da montanha abaixo
Em dobras enevoadas, flutuando enquanto caíam
Acendeu um arco-torre.
E no alto de cada pico uma estátua parecia
Para ficar na ponta dos pés, jogando para cima
Uma nuvem de incenso de todo odor vaporizado
De fora uma taça de ouro.
De modo que ela pensou: "E quem contemplará
Meu palácio com olhos não cegos,
Enquanto este grande arco oscilará ao sol,
E esse doce aumento de incenso?"
Para aquele doce incenso rosa e nunca falhou,
E, enquanto o dia afundava ou subia mais alto,
A galeria aérea leve, com trilhos dourados,
Queimado como uma franja de fogo.
Da mesma forma as janelas fundas, manchadas e traçadas,
Pareceria fogos carmesim de chamas lentas
De grutas de sombras de arcos entrelaçados,
E ponta com pináculos de gelo.
* * *
Cheio de longos corredores sonoros era,
Essa tristeza agradecida sobre abóbada,
Através do qual o longo dia minha alma passou,
Bem satisfeito, de quarto em quarto.
Cheio de grandes salas e pequeno o palácio ficava,
Todos vários, cada um um todo perfeito
Da natureza viva, adequado para todos os gostos
E mudança de minha alma imóvel.
Para alguns foram pendurados com arras verde e azul,
Mostrando uma berrante manhã de verão,
Onde com bochecha inchada o caçador com cinto soprou
Seu chifre de corneta coroado.
Um parecia todo escuro e vermelho - um pedaço de areia,
E alguém andando de um lado para o outro sozinho,
Quem andou para sempre em uma terra brilhante,
Iluminado com uma grande lua baixa.
Um mostrou uma costa de ferro e ondas furiosas.
Você parecia ouvi-los subir e cair
E rugido contrariado pelas rochas sob cavernas ruidosas,
Sob a parede ventosa.
E um, um rio cheio de ventos lentos
Por rebanhos em uma planície sem fim,
As bordas irregulares do trovão meditando baixo,
Com sombras de chuva.
E um, os ceifeiros em sua labuta sensual.
Na frente eles amarraram os feixes. Atras do
Eram reinos de terras altas, pródigos em petróleo,
E grisalha ao vento.
E um em primeiro plano preto com pedras e escórias,
Além, uma linha de alturas e mais alto
Todos barrados com longa nuvem branca os penhascos desdenhosos,
E mais alto, neve e fogo.
E um, uma casa inglesa - crepúsculo cinza derramado
Em pastagens orvalhadas, árvores orvalhadas,
Mais suave que o sono - todas as coisas guardadas em ordem,
Um refúgio da paz antiga.
Nem estes sozinhos, mas todas as belas paisagens,
Como adequado para cada estado de espírito,
Ou alegre, ou grave, ou doce, ou severo, estava lá,
Não menos do que a verdade projetada.
* * *
Ou a mãe-empregada por um crucifixo,
Em trechos de pasto ensolarado-quente,
Sob o ramo de sardonyx caro
Sentado sorrindo, bebê no braço.
Ou em uma cidade de paredes claras no mar,
Perto de tubos de órgão dourados, seu cabelo
Ferida com rosas brancas, dormia Santa Cecília;
Um anjo olhou para ela.
Ou lotando toda uma varanda do Paraíso
Um grupo de Houris curvou-se para ver
O islamita moribundo, com mãos e olhos
Dito isso, esperamos por ti.
Ou o filho profundamente ferido do mítico Uther
Em algum espaço justo de verdes inclinados
Lay, cochilando no vale de Avalon,
E vigiado por rainhas chorando.
Ou afundando uma mão em seu ouvido,
Para listar uma queda de pés, antes que ele visse
A ninfa da floresta, ficou com o rei ausoniano para ouvir
Da sabedoria e da lei.
Ou sobre colinas com topos pontiagudos encravados,
E muitos trechos de palmeiras e arroz,
O trono do índio Cama navegou lentamente
Um verão apimentado com especiarias.
Ou o manto da doce Europa se soltou,
De seu ombro para trás carregado:
De uma mão caiu um açafrão: uma mão agarrou
O chifre de ouro do touro suave.
Ou então ruborizou Ganimedes, sua coxa rosada
Meio enterrado na penugem da Águia,
Sola como uma estrela voadora disparada pelo céu
Acima da cidade de pilares.
Nem estes sozinhos; mas toda lenda é justa
Que a suprema mente caucasiana
Esculpida da Natureza para si mesma, estava lá,
Não menos que a vida, projetada.
* * *
Então nas torres coloquei grandes sinos que balançavam,
Movidos por si mesmos, com som prateado;
E com pinturas escolhidas de sábios eu pendurei
A rodada do estrado real.
Pois lá era Milton como um serafim forte,
Ao lado dele Shakespeare brando e suave;
E lá o Dante, desgastado pelo mundo, captou sua canção,
E sorriu um pouco sombriamente.
E lá o pai jônico do resto;
Um milhão de rugas esculpiram sua pele;
Cem invernos nevaram em seu peito,
Da bochecha e garganta e queixo.
Acima, o justo salão-teto imponente
Muitos arcos no alto levantaram,
E anjos subindo e descendo se encontraram
Com intercâmbio de presente.
Abaixo estava todo o mosaico cuidadosamente planejado
Com ciclos do conto humano
Deste vasto mundo, os tempos de cada terra
Assim forjados, eles não falharão.
As pessoas aqui, uma besta de carga lenta,
Toil'd adiante, picado com aguilhões e picadas;
Aqui jogado, um tigre, rolando para lá e para cá
As cabeças e coroas dos reis;
Aqui rosa, um atleta, forte para quebrar ou amarrar
Toda força em laços que podem durar,
E aqui mais uma vez como algum homem doente declinou,
E confiava em qualquer cura.
Mas sobre estes ela pisou: e esses grandes sinos
Começou a soar. Ela assumiu seu trono:
Ela se sentou entre os brilhantes Oriels,
Para cantar suas músicas sozinha.
E através da chama colorida dos Oriels mais altos
Dois rostos divinos olhavam para baixo;
Platão, o sábio Verulam de grande testa,
O primeiro de quem sabe.
E todos aqueles nomes, que em seu movimento foram
Fontes cheias de mudança,
Entre os eixos finos eram justos
Em diversas vestimentas estranhas:
Através das quais as luzes, rosa, âmbar, esmeralda, azul,
Flush'd em suas têmporas e seus olhos,
E de seus lábios, como a manhã de Memnon, tirou
Rios de melodias.
Nenhum rouxinol se deleita em prolongar
Seu preâmbulo baixo sozinho,
Mais do que minha alma para ouvir sua canção ecoada
Throb thro' a pedra com nervuras;
Cantando e murmurando em sua alegria festiva,
Alegria de se sentir viva,
Senhor sobre a Natureza, Senhor da terra visível,
Senhor dos cinco sentidos;
Comungando consigo mesma: "Tudo isso é meu,
E deixe o mundo ter paz ou guerras,
'T é um para mim." Ela - quando a jovem noite divina
Dia de morrer coroado com estrelas,
Fazendo doce perto de suas labutas deliciosas--
Luz acesa em grinaldas e anadema,
E quintessências puras de óleos preciosos
Em luas ocas de gemas,
Para imitar o céu; e bateu palmas e chorou,
"Eu me maravilho se meu prazer ainda
Nesta grande casa tão rica e ampla,
Seja lisonjeado à altura.
"Ó todas as coisas justas para saciar meus vários olhos!
Ó formas e matizes que me agradam bem!
Ó rostos silenciosos dos Grandes e Sábios,
Meus Deuses, com quem habito!
"Ó isolamento divino que é meu,
Eu posso apenas contar-te o ganho perfeito,
A que horas eu assisto os rebanhos de suínos escurecidos
Aquela faixa na planície.
"Em pântanos imundos eles rolam uma pele lasciva,
Eles pastam e chafurdam, procriam e dormem;
E muitas vezes algum demônio sem cérebro entra,
E os leva às profundezas."
Então do instinto moral ela iria tagarelar
E da ressurreição dos mortos,
Como dela por direito de Destino completo;
E por fim ela disse:
"Tomo posse da mente e das ações do homem.
Não me importo com o que as seitas possam brigar.
Eu me sento como Deus sem nenhuma forma de credo,
Mas contemplando tudo."
* * *
Cheio do enigma da terra dolorosa
Flash'd thro' ela enquanto ela se sentava sozinha,
No entanto, não menos segurou sua alegria solene,
E trono intelectual.
E assim ela prosperou e prosperou; então três anos
Ela prosperou: no quarto ela caiu,
Como Herodes, quando o grito estava em seus ouvidos,
Atingido thro' com dores do inferno.
Para que ela não falhe e pereça totalmente,
Deus, diante de quem jaz nua
As profundezas abismais da Personalidade,
A atormentava com um desespero doloroso.
Quando ela pensava, para onde ela virava sua visão
A confusão da mão aérea forjada,
Escreveu, "Mene, mene", e dividiu bastante
O reino de seu pensamento.
Profundo medo e repugnância de sua solidão
Caiu sobre ela, de onde nasceu o humor
Desprezo de si mesma; novamente, de fora desse humor
Riu de seu auto-desprezo.
"O que! este não é o meu lugar de força", disse ela,
"Minha espaçosa mansão construída para mim,
Do qual foram lançadas as fortes pedras fundamentais
Desde a minha primeira lembrança?"
Mas em cantos escuros de seu palácio estava
Formas incertas; e desprevenido
Em fantasmas de olhos brancos chorando lágrimas de sangue,
E pesadelos horríveis,
E sombras ocas envolvendo corações de chamas,
E, com todas as testas trêmulas,
Em cadáveres de três meses de idade ela veio ao meio-dia,
Que estava contra a parede.
Um ponto de estagnação maçante, sem luz
Ou poder de movimento, parecia minha alma,
'Movimentos inclinados médios infinitos
Fazendo para um objetivo certo.
Uma piscina de sal ainda, trancada com barras de areia,
Deixado na praia, que ouve a noite toda
Os mares mergulhando recuam da terra
Suas águas lideradas pela lua são brancas.
Uma estrela que com a dança estrelada do coral
Não se juntou, mas ficou de pé, e de pé viu
O orbe oco da Circunstância em movimento
Rolou por uma lei fixa.
De volta a si mesma, seu orgulho de serpente havia se enrolado.
"Sem voz", ela gritou naquele corredor solitário,
"Nenhuma voz rompe a quietude deste mundo:
Um profundo, profundo silêncio todos!"
Ela, apodrecendo com a relva apodrecida da terra opaca,
Envolto dez vezes em vergonha preguiçosa,
Deitado lá exilado do Deus eterno,
Perdida em seu lugar e nome;
E a morte e a vida ela odiava igualmente,
E nada viu, para seu desespero,
Mas tempo terrível, eternidade terrível,
Nenhum conforto em qualquer lugar;
Permanecendo totalmente confuso com medos,
E cada vez pior com o tempo crescente,
E sempre não aliviado por lágrimas sombrias,
E sozinho no crime:
Cale a boca como em um túmulo em ruínas, cingido
Com a escuridão como uma parede sólida,
Longe ela parecia ouvir o som maçante
De passos humanos caem.
Como em terras estranhas um viajante caminhando devagar,
Na dúvida e grande perplexidade,
Um pouco antes do nascer da lua ouve o baixo
Geme de um mar desconhecido;
E não sabe se é um trovão ou um som
De pedras derrubadas, ou um grito profundo
De grandes feras; então pensa: "Encontrei
Uma nova terra, mas eu morro."
Ela gritou em voz alta: "Estou em chamas por dentro.
Não vem nenhum murmúrio de resposta.
O que é que vai tirar o meu pecado,
E me salve para que eu não morra?"
Então, quando quatro anos foram totalmente terminados,
Ela jogou fora suas vestes reais.
"Faça-me uma cabana no vale", disse ela,
"Onde eu possa chorar e rezar.
"No entanto, não derrube as torres do meu palácio, que são
Tão leve e lindamente construído:
Talvez eu possa voltar com outros lá
Quando eu purgar minha culpa."
A Pippa passa
de Robert Browning
["O ano está na primavera"]O ano está na primavera,
E o dia é pela manhã;
As sete da manhã;
A encosta da colina está perolada de orvalho;
A cotovia está voando;
O caracol está no espinho;
Deus está em Seu céu—
Está tudo bem com o mundo!
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