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Resenha: Promessas Vazias - Lexi Ryan

Promessas Vazias Série: As Terras de Thalyria #2 (spin-off de These Hollow Vows) Avaliação: ★★☆☆☆ (2/5) Classificação: jovem adulto Gênero: Fantasia, Romance, Ficção Ano: 2022 / Páginas: 336 Editora: Planeta Minotauro Amor, poder e traição — quando as promessas se tornam apenas palavras vazias, o coração paga o preço. Promessas Vazias apresenta uma premissa instigante: Brie , uma jovem humana que odeia os feéricos , precisa se infiltrar em suas cortes para salvar a irmã mais nova . A ideia mistura elementos de fantasia sombria, política feérica e triângulo amoroso, ingredientes que prometem uma leitura envolvente. No entanto, a execução não acompanha o potencial da trama. O livro começa bem, com ritmo ágil e um toque de mistério, mas logo se perde em repetições, explicações superficiais e um desenvolvimento que soa apressado. A história tenta equilibrar romance e aventura, mas ambos os lados ficam pela metade, nada é realmente aprofundado. O que torna a leitura lenta e frustrante....

O Despertar da Lua Caída - Sarah A. Parker

Resenha O Despertar da Lua Caída
O Despertar da Lua Caída - Sarah A. Parker
Moonfall 1
Avaliação: ★★★☆☆(3/5)
Classificação: Adulto +18
Gênero: Fantasia, Romance, ficção
Ano: 2024 / Páginas: 560
Editora: Harlequin
Gatilhos: Violência, tortura, tom sombrio, conteúdo sexual explícito.
⚠️ Contém spoilers.

O Despertar da Lua Caída (original: When the Moon Hatched), primeiro livro da série Moonfall, de Sarah A. Parker, tem dividido opiniões entre os leitores e booktubers. A obra, que mistura fantasia sombria, romance proibido, apresenta uma narrativa poética e atmosférica, mas também enfrenta críticas por seu ritmo lento e dinâmicas controversas.

ENREDO E ESTRUTURA

A protagonista Raeve, uma guerreira rebelde do grupo Fíur du Ath, luta contra o Reino tirânico de Grado, governado pela corrupta Guilda dos Nobres (feéricos que controlam a magia e o povo com crueldade). Durante uma missão, Raeve cruza o caminho de Kaan Vaegor, conhecido como o Rei Decapitador. Os dois são obrigados a decidir se podem confiar um no outro ou se estão destinados a se destruir.

PERSONAGENS & DESENVOLVIMENTO

Raeve: marcada por um passado violento, sua jornada de assassina impiedosa e justiceira em nome de alguém que perdeu a algum tempo. Ela é uma garota cheia de mistérios, desapego e luta constantemente contra a curiosidade sobre si e sobre outras coisas. 

Deveria ser uma guerreira sombria e complexa, mas passa boa parte do livro sendo indecisa e repetitiva. 

Ela não tem interesse em saber sobre seu passado, prefere não se envolver em relacionamentos pessoais ou com qualquer coisa que desperte um lado amoroso e afetivo. 

É compreensivo que ela sinta medo de perder mais coisas que ama, mas isso perdura 60% do livro sem uma evolução notória. Ela descobre muitas coisas, mas não muda, só fica remoendo raiva. Em alguns momentos age por impulso, sem estratégia, e isso leva para outras enrascadas pior do que estava (para ela).

Kaan Vaegor: carrega mistério e dor, mas sua obsessão por Raeve supera seu papel político. Não demonstra liderança convincente para um rei.

A Outra: entidade que assume o corpo de Raeve em alguns capítulos, revelando-se peça-chave para entender a “Lua Caída”. A Outra, sem dúvida, uma personagem intrigante que assume o corpo de Raeve em alguns capítulos, no inicio não sabemos quem ela é ou como esta ali. É muito confuso... Você pensa que é a deusa Clode, mas ao mesmo tempo não parece ser ela. 

Você só sabe que Reave é a hospedeira de uma criatura. E que talvez por isso que ela viva. Quanto mais perto do fim você vai chegando, mais as peças vão se encaixando e você entende quem é a Outra. E quem é a Lua Caída. Achei genial.

Veya: irmã de Kaan, atua como apoio emocional e guardiã de segredos futuros.

Kyzari Vaegor: herdeira do Breu e portadora da pedra de éter, pouco explorada neste volume, mas que detém uma importância incontestável.

Pre (Nee): cotovia de pergaminho que serve como forma de comunicação entre personagens distantes. A Pre se encontra com Raeve trazendo uma mensagem "Preciso de Você". 

A cotovia não estava endereçada a Raeve, não necessariamente. Mas mesmo assim retornou para ela depois de tentar enviar para seu destinatário. Então, Raeve ficou com a Pre (no original é Nee, de I need you). 

Quando uma pessoa próxima a Reave é assassinada pelo caçador de recompensa caçador Rekk Zharus, ela abre a mão da Pre, escreve uma mensagem como resposta e dobra as linhas de ativação e a envia para seu remetente. 

No epílogo, há uma cena da Pre chegando ao remetente, e pasmem! Eu sabia que era alguém importante da vida passada da Raeve, mas fiquei supressa... E a pessoa que enviou também, com certeza não esperava receber a cotovia de volta.

Rekk Zharus: caçador de recompensas, vilão mais ativo do presente.

Ostern: antigo rei, vilão relevante no passado.

Os criadores: são as divindades que criaram o mundo e as criaturas. São eles que estão por trás da "Canção dos Criadores". Esse é um sistema de magia do universo, mas não sei se entendi bem... O que sei é que o status depende de ouvir ou não a Canção, ou ter os dons.

CONSTTRUÇÃO DE MUNDO (Worldbuilding)

O universo de O Despertar da Lua Caída é rico em detalhes, com um sistema político corrupto, magia baseada nas luas e criaturas sobrenaturais distintas (as unicas que já conhecemos são os dragões e os feérico). A autora explora bem a dualidade entre o reino opressor do Grado e os rebeldes que se opõem a ele logo no inicio. Inclusive, a protagonista nos é apresentada como uma rebelde do grupo Fíur du Ath que são um dos principais opositores desse reino.

Grado: reino opressor, marcado por leis cruéis, prisões brutais e violência contra crianças (“petiz”). O rei Cadock Vaegor não aparece, apenas sua esposa, em uma cena de execução no coliseu.

Breu: anteriormente governado pelos Nevan, agora está sob domínio de Tyroth Vaegor, considerado tirano. Pouco explorado além de diários de Elluin Nevan.

Lume: reino de Kaan Vaegor, apresentado como mais justo, embora Kaan apareça pouco como governante.

Há menção a locais neutros e a um sistema de magia baseado nas luas e na enigmática “Canção dos Criadores”, mas com explicações vagas.

Relações e Dinâmicas

O romance entre Raeve e Kaan é slow burn e carregado de tensão, porém dominado por segredos não revelados. Há um clima constante de “enimies to lovers”, mas sem grandes diálogos que aprofundem a relação antes do clímax.

Temas e Simbolismo

  • Opressão e tirania política.
  • Amor como risco e vulnerabilidade.
  • Identidade e passado como forças moldadoras do presente.
  • Dualidade entre luz e escuridão (magia das luas).

livro o despertar da lua caida

ESTILO & ESCRITA

Sarah A. Parker adota uma prosa poética, carregada de imagens vívidas e termos inventados para dar autenticidade ao universo. A imersão é alta, mas o ritmo é lento e a estrutura narrativa irregular, com explicações de mundo muitas vezes confusas.

Gostei muito do estilo dela, não me incomodei com as palavras diferentes que colocou para dar mais legitimidade á seu universo. Já li Duna e tem muito disso, é maçante no inicio mas já estou acostumada.

Ritmo e Estrutura

A trama desacelera por longos trechos, especialmente até os 70% do livro. Algumas subtramas (como a estadia de Raeve no clã Johkull) têm pouco impacto no arco principal. O final concentra revelações de última hora, mas de forma previsível.

✔ PONTOS FORTES

  • Atmosfera sombria e consistente.
  • Personagens femininas secundárias interessantes (Veya, Kyzari).
  • “A Outra” e a revelação da “Lua Caída” são criativas e bem conduzidas.
  • Escrita poética.

✖ PONTOS NEGATIVOS

  • Conflito político superficial. Principalmente a guerra entre Grado e rebeldes não gera tensão real!!
  • Vilões pouco desenvolvidos ou ausentes por longos trechos.
  • Protagonista estagnada por boa parte da narrativa.
  • Sistema de magia e mitologia mal explicado. A "Canção dos Criadores" é um enigma irritante, as explicações são vagas ou confusas, Não compreendi o por que é importante, como funciona ou por alguns tem e outros não.
  • Romance com pouco desenvolvimento emocional real.
  • Kaan é um personagem passivo, só fica obcecado com a Raeve em vez de mostrar habilidades políticas ou estratégicas. Espero que mude no próximo volume.
  • Muitas coisas aleatórias acontecem, como a protagonista indo para no clã Johkull depois de fugir da casa torta, lá ela vivencia uma serie de coisas mais esquisitas ainda, que no fim não teve grande impacto nas decisões, ela volta a se fechar.
  • A ausência de conflito no enredo é desesperador. Acredito que a autora não seguiu as famosas receitas para a construção de uma boa trama e enredo. Então em alguns momentos a história da voltas quando deveria ir para o próximo ato. Você espera por um super, mega, ultra plot, que não vem... Depois de centenas de páginas de trama parada, o final tenta empurrar um monte de revelações de última hora, e é previsível.
  • Os vilões são quase inexistentes, tem alguns em potencial, mas o que teve mais força foi o Rekk Zharos no contexto presente, e o antigo rei Ostern no passado. Nessa narrativa o vilão é a recusa da protagonista de amar e ser amada, vejo por esse ponto. Ela esta dando pequenos passos.
  • Deveriam ser aliados importantes, mas não têm desenvolvimento nem impacto real. Acredito que no próximo volume a Fíur du Alt vá se aliar ao Lume. Espero, pois ai o grupo vai ter um papel importante, assim como o clã Jokull. Desta forma não ficam perdidos no limbo.
  • Mistérios não resolvido deixa várias perguntas em aberto, especialmente sobre o passado de Raeve e a verdadeira natureza de sua conexão com Kaan. Eles nem chegaram a ter a conversa que deveriam ter tido antes que ela saísse para concretizar sua vingança.

Indicado para leitores de fantasia sombria e romance adulto que apreciam:

  • Atmosfera gótica e poética.
  • Narrativas lentas (slow burn).
  • Mistério envolvendo identidade e destino.

viajante literaria
Veredito

O Despertar da Lua Caída é uma leitura polarizada. Se você aprecia prosa poética, romance proibido e personagens traumatizados em um cenário de fantasia gótica, pode se encantar. É verdade que você vive um enime to lovers com o enredo! Eu não cai de amores, não é meu favorito, mas também não odiei. 

Se preferir um ritmo acelerado, relações mais equilibradas ou worldbuilding expansivo, pode achar a experiência frustrante. Mas quem decide é você. 

Entre falhas e acertos, deixa curiosidade para o próximo volume, na esperança de maior exploração de seu potencial.

Acompanhe o vlog de leitura deste livro no youtube!



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